As palavras do Papa Francisco aos jornalistas geraram polêmica e muitas criticas, esta é a minha visão dos fatos.
Pra quem não leu os dizeres do pontífice, segue:
"Acho que os dois são direitos humanos fundamentais, tanto a liberdade religiosa, como a liberdade de expressão. Temos a obrigação de falar abertamente, de ter esta liberdade, mas sem ofender. Tem muita gente que fala mal de outras religiões ou das religiões (...), que transforma em um brinquedo as religiões dos demais. Cada um tem o direito de praticar sua religião, mas sem ofender.É verdade que não se pode reagir violentamente, mas se Gasbarri [ele se referiu a um de seus colaboradores junto com ele no avião], grande amigo, diz uma palavra feia da minha mãe, pode esperar um murro. É normal!Não se pode ofender, ou fazer guerra, ou assassinar em nome da própria religião ou em nome de Deus. Também nós fomos pecadores, mas não se pode assassinar em nome de Deus, é uma aberração.
Talvez o Papa, ainda que de maneira sútil e reflexiva como o fez, não possa manifestar o desrespeito travestido de liberdade de expressão praticado várias vezes pelo Charlie… Mas eu posso, são vítimas de terrorismo e isto é triste, e claro que nada justifica esta tragédia, mas a chacina não torna os vitimados Papas… Satirizaram de maneira agressiva e degradante não só religiões, mas pessoas, ideias, ideais com o mais profundo e profano desrespeito humano. Um bulling preconceituoso e repulsivo. Acho que o Papa quis levantar esta reflexão para que a tragédia não transforme essa prática hedionda em heroísmo, esta libertinagem ideológica em “liberdade”. Melhor que acionar os meios legais se ofendido, é não haver ofensa. O desrespeito deveria ser tratado na justiça, mas nem todos tem essa visão, o papel do Papa é incitar a paz e o respeito, não o conflito. O desrespeito não justifica os homicídios, mas os homicídios não podem santificar o desrespeito.
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